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3ª Edição

A cerimónia de entrega dos Prémios Nacionais de Arquitetura FORMA 2025 teve lugar no dia 17 de maio, no magnífico cenário da igreja do Convento de São Francisco, em Coimbra, e marcou o ponto alto do Festival FORMA. Este momento solene e emotivo celebrou o melhor da arquitetura contemporânea em Portugal, reconhecendo a excelência, a inovação e o compromisso com a qualidade do ambiente construído.

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    Melides

    Melides
    José Adrião

    Vencedor
    Winner

    A casa está localizada numa planície a poucos quilómetros da costa atlântica portuguesa. Estazona tem a particularidade de ter um povoamento disperso em lotes de terreno de dimensãovariável. Na sua génese havia uma atividade predominantemente florestal/agrícola.A quinta das Oliveiras tem caraterísticas semelhantes. É constituída por uma pequena área decultivo, um pinhal e um conjunto de edifícios com escassa qualidade construtiva: umahabitação, anexos e telheiros de apoio.Os diferentes instrumentos de gestão territorial em vigor determinaram as regras base doprojeto. As edificações existentes só poderiam ser demolidas e substituídas. No caso dasubstituição, a nova construção deveria manter o perímetro de implantação da construçãopreexistente. Seria possível, de acordo com a mesma legislação, a construção de um piso emcave e um acréscimo de 20% da área de implantação num piso superior.A configuração da nova casa é reflexo do determinado pelos instrumentos de gestãourbanística.Os espaços interiores adaptaram-se à volumetria possível e o seu desenho procurou a luz e aventilação natural, como um fator determinante para criação de conforto.A nova casa estabelece uma relação total com o terreno a partir das áreas sociais, sendocomposta por dois volumes adossados entre si. Num volume baixo e comprido está a cozinha,a zona de refeições e a zona de estar num espaço aberto. Outro volume, mais alto e cúbico,contém as escadas que dão acesso ao quarto no piso superior e a uma zona de apoio na cave.A zona de cave é iluminada e ventilada por três pátios situados a norte, a sul e a nascente.

    The house is located on a plain just a few kilometers from the Portuguese Atlantic coast.
    This area is characterized by a dispersed settlement pattern, with plots of varying sizes. Historically, the region had a predominantly forestry and agricultural use.

    Quinta das Oliveiras shares similar characteristics.
    It comprises a small cultivated area, a pine forest, and a group of buildings with low construction quality: a house, outbuildings, and simple shelters.

    The applicable territorial management regulations defined the fundamental guidelines for the project. The existing buildings could only be demolished and replaced. In the case of replacement, the new construction was required to follow the footprint of the pre-existing structures. According to the same legislation, it was permitted to build a basement level and to increase the footprint by up to 20% on an upper floor.

    The configuration of the new house reflects the constraints set by urban planning regulations.
    The interior spaces were designed within the allowed volume, with a focus on capturing natural light and ventilation, both key elements in creating comfort.

    The new house establishes a close relationship with the land, especially through its social areas, and is composed of two adjoining volumes. One is a low and elongated volume that houses the kitchen, dining, and living areas in an open-plan layout. The other, taller and cubic in shape, contains the staircase that leads to the upper-level bedroom and a support area in the basement.

    The basement is illuminated and ventilated through three courtyards located to the north, south, and east.

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    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

     

     

    Casa no Cerrado

    House in the Cerrado
    Jorge André Santana Pimenta

    Menção Honrosa
    Honorable Mention

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    Crédito de Imagem: José Campos

    Finalistas:

    Casa-Atelier

    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

    F_0 23 — Casa Atelier no Caramão

    Autores: José Maria Cumbre e Nuno Sousa Caetano Atelier: ASPA

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    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

    F_0 30 — Casa na Serra do Louro

    Autor: João Completo Atelier: cimbre

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    Crédito de Imagem: Daniel Malhão

    F_0 56 — Casa Catribana

    Autor: Luís Pedro Pinto Atelier: STUDIO-LPP

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    Edifício em Cascais

    Building in Cascais
    Atelier AAVV

    Vencedor
    Winner

    Construir num gaveto é desenhar na paisagem da cidade. Mas construir é dar um corpo, e dar um corpo é abrir a forma do espaço.
    Construir um edifício no canto de uma avenida de uma vila como Cascais, em que a ressonância da cidade-jardim criou um tecido de implantações destacadas, é levantar uma presença nova, plantar um corpo, que antes não existia, na terra, no lugar.

    Mas a circunstância, que define o quadro, não é verdadeiramente suficiente. É preciso um ato de coragem para existir, e existir é ter uma estrutura, encontrar uma ordem própria na procura da permanência. Na arquitetura, talvez seja mesmo necessária a aproximação à (a vertigem da) abstração para sermos capazes de fazer o concreto.
     

    "A pedra está poisada sobre si mesma
    No tempo da indigência não pedirás outra abundância
    Nenhum outro verso ou casa
    Nenhuma outra firmeza
    A pedra está poisada sobre si mesma"
    — Daniel Faria
     

    Neste projeto, confrontados com um contorno estático determinado pelo planeamento urbanístico e com a diversidade tipológica que o cliente insistiu que o edifício tivesse, foram a métrica de uma estrutura que se tornou forma, a força da geometria e o desejo de abrir o espaço de 15 casas ao sol e ao mar que lançaram a direção do caminho.

    As casas, que não podem ficar presas pelo programa, descobriram sentido na profundidade da forma, em que uma galeria de distribuição pode voltar a ser um espaço singular, e na possibilidade de os espaços de encontro se estenderem à relação aberta com o lugar. E, assim, fez-se a combinação de casas com um, dois, três e quatro quartos, guardando as variações no desenho do edifício como um todo.

    A estrutura assumiu a sua concretização natural como forma, para fazer inteiro o que é complexo, a partir da clareza física da matéria. O betão, autónomo, mas testemunho de um lugar do moderno manifestado na torre do Athouguia ali ao lado, pigmentado por querer pertencer sem humilhar os regionalismos suaves da vizinhança, e acabado com uma erosão forçada para fazer a pele grossa sem a qual ainda não se é grande coisa.

    Dentro, defendeu-se a simplicidade na construção material: estuque, pedra, madeira aparente, madeira pintada e marmorite, sempre nos seus planos próprios e claros, deixando as particularidades entrar com as pessoas que ali vão viver.

    E, no fim, regressamos à cidade plantada, que enquadra uma forma nova, trepando-a para fazer jardins também dos terraços. Fica um corpo de betão erodido plantado sob a luz, uma estrutura levantada, pronta, que espera a passagem do tempo medida nos dias da vida de cada um.

    To build on a corner plot is to draw within the landscape of the city. But to build is to give form, and to give form is to open up the shape of space.

    Constructing a building at the corner of an avenue in a town like Cascais—where the resonance of the garden-city has shaped a pattern of detached plots—is to introduce a new presence, to plant a body where none existed before, in the ground, in the place.

    But circumstance alone—the context—is not truly enough. There must be an act of courage in order to exist. And to exist is to have structure, to find one's own order in the pursuit of permanence. In architecture, perhaps it is necessary to approach (or even risk) abstraction in order to achieve the concrete.
     

    “The stone is laid upon itself
    In the time of need you will ask for no other abundance
    No other verse or home
    No other firmness
    The stone is laid upon itself”
    — Daniel Faria
     

    In this project, confronted with a static outline defined by urban planning and a typological diversity the client insisted on, it was the metric of a structure becoming form, the strength of geometry, and the desire to open the living spaces of 15 homes to sun and sea that set the path.

    The dwellings, which could not be constrained by the program, found meaning in the depth of the form—in which a circulation gallery becomes a unique spatial moment—and in the possibility of shared spaces extending into an open relationship with the site. Thus emerged a combination of one-, two-, three-, and four-bedroom apartments, with variations embedded in the design of the building as a whole.

    The structure took on its natural form as architecture—making the complex whole through the physical clarity of material. Concrete, autonomous yet echoing the modernist legacy of the nearby Athouguia tower, was pigmented to belong without diminishing the soft regionalism of its surroundings, and finished with a forced erosion to create a coarse skin—without which, one is still not much.

    Inside, construction was kept materially simple: plaster, stone, exposed wood, painted wood, and terrazzo—each in its own clear plane—allowing the particularities of life to be brought in by those who will inhabit it.

    And in the end, we return to the planted city, which frames a new form—climbing it to make gardens from terraces. What remains is a body of eroded concrete, planted in the light: a structure raised, ready, waiting for the passage of time as measured in the days of each life lived within it.

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    Crédito de Imagem: João Guimarães / João Peteleiro

    Finalistas:

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    Crédito de Imagem: Alexandre Delmar e Hugo Santos Silva

    F_0 48 — Edifício Habitacional na Rua Roberto Ivens

    Autores: Luís Ribeiro da Silva e Margarida Quintã Atelier: Ursa Arquitectura

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    Crédito de Imagem: Alexander Bogorodskiy

    F_0 64 — G - 5 CASAS

    Autor: Samuel Gonçalves, Arq.º Atelier: SUMMARY

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    Crédito de Imagem: ATTILIO FIUMARELLA

    F_0 75 — EDIFÍCIO HS

    Autor: José Carlos Nunes de Oliveira Atelier: NOARQ - NO ARQUITECTOS, LDA

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    Crédito de Imagem: Ivo Tavares Studio

    F_0 92 — 797 Fernandes Thomaz

    Autor: Adriana Floret Atelier: Floret Arquitectura

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    Estufa Pedagógica e Galinheiro da Quinta de Serralves

    Pedagogical Greenhouse and Chicken Coop of the Serralves Farm
    depArchitects

    Vencedor
    Winner

    A antiga Quinta do Mata-Sete, localizada no extremo sudoeste do Parque de Serralves, funciona hoje como quinta pedagógica da Fundação. Com uma lógica pragmática ditada pela função agrícola, distingue-se do desenho geometrizado de influência francesa do restante parque.

    O conjunto de duas intervenções na quinta de Serralves, composto por uma estufa pedagógica e um galinheiro, surge da necessidade de criação de espaços dedicados a atividades pedagógicas da Quinta e localiza-se num ponto de charneira destas duas realidades.
     

    Estufa Pedagógica

    Procurando uma transformação mais perene do território, recorreu-se ao léxico de materiais que já caracterizam o parque e a sua humanização. Propõe-se uma intervenção em dois gestos de transformação elementares:

    Com um conjunto de grandes blocos de granito, desenha-se um muro de baixa altura que, pela sua geometria e relação com o terreno, permite a criação de um espaço naturalmente abrigado e confinado — num gesto mais telúrico do que arquitetónico — aludindo às formas de transformação do território mais rudimentares, como os campos masseira do norte litoral de Portugal.

    Sobre este muro surge uma cobertura de madeira que, soltando-se do plano do terreno, acaba de conter o espaço e desenha uma área de estufa fechada.

    A presença da construção resulta serena na relação longínqua com o parque, e dominadora na relação mais próxima que estabelece com a horta produtiva para onde se abre.

    A adaptabilidade da intervenção ao longo do tempo foi uma das premissas do projeto. Se a cobertura, de materialidade mais efémera, desaparecer, ficarão apenas os muros de configuração do terreno como parte integrante do vasto parque.
     

    Galinheiro

    Da necessidade inusitada de criar um abrigo para galinhas na Quinta Pedagógica de Serralves, procurou-se a radicalidade no desenho dos elementos mínimos.

    A implantação rouba-se ao pragmatismo dos edifícios agrícolas existentes, que já tinham encontrado a melhor orientação solar.

    Sem artifício, a composição que dá forma ao galinheiro e a sua estrutura de suporte são um exercício de síntese e métrica, ditadas pelas regras tectónicas do material e pelo controlo da escala da intervenção.

    A peça é assim constituída por dois módulos simétricos que pousam em seis blocos de granito, assumindo a sua leveza e efemeridade, e por uma cobertura de duas águas em zinco que se projeta afirmativamente para fora dos limites do galinheiro.

    Por fim, a cor — elemento essencial na composição — distingue os elementos e sugere um diálogo com as restantes construções existentes.

    Com o conjunto das duas intervenções, pretende-se que seja ampliado e reforçado o carácter lúdico e instrutivo da quinta e da sua horta, informando o público acerca da “natureza” da paisagem, enquanto coisa inevitavelmente construída, que narra a inevitável relação do homem com o meio que o envolve.

    The former Quinta do Mata-Sete, located at the southwestern edge of the Serralves Park, now functions as the Foundation’s educational farm. With a pragmatic logic dictated by its agricultural purpose, it stands apart from the geometrically designed, French-influenced layout of the rest of the park.

    The project consists of two interventions at the Serralves farm — a pedagogical greenhouse and a chicken coop — born from the need to create spaces dedicated to the farm’s educational activities. They are located at a transition point between these two contrasting realities.
     

    Pedagogical Greenhouse

    Aiming for a more enduring transformation of the land, the intervention draws from the material vocabulary already present in the park and its humanized landscape. The proposal is expressed through two elemental gestures of transformation:

    Using large granite blocks, a low wall is built, whose geometry and relationship with the terrain create a naturally sheltered and enclosed space — a gesture that is more earthy than architectural, evoking primitive land-shaping methods such as the masseira fields of Portugal’s northern coastline.

    Above this wall rises a timber canopy that, detaching itself from the ground plane, completes the enclosure and defines a closed greenhouse space.

    The presence of the structure is serene in its distant relationship with the park, yet assertive in its proximity to the productive garden into which it opens.

    Adaptability over time was a key premise of the project. If the canopy — made from more ephemeral materials — were to disappear, the granite walls would remain as part of the park’s terrain configuration, fully integrated into the landscape.
     

    Chicken Coop

    From the unusual requirement to create shelter for chickens at the Serralves Educational Farm, the design sought radical simplicity in the articulation of minimal elements.

    Its siting borrows from the pragmatism of the existing agricultural buildings, which had already identified the best solar orientation.

    With no embellishment, the composition of the chicken coop and its supporting structure is an exercise in synthesis — a balance between the tectonic logic of the material and the control of scale.

    The piece consists of two symmetrical modules resting on six granite blocks, expressing their lightness and impermanence. A gable zinc roof extends assertively beyond the coop’s footprint.

    Finally, colour — an essential compositional element — distinguishes each part and establishes a dialogue with the surrounding constructions.

    Through these two interventions, the aim is to amplify and reinforce the farm’s educational and playful character, offering the public insight into the “nature” of the landscape — as something inevitably constructed — and telling the unavoidable story of humankind’s relationship with the environment that surrounds it.

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    Crédito de Imagem: Federico Farinatti, Francisco Ascenção, José Campos, Hugo Costa Silva

    Finalistas:

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    Crédito de Imagem: Nuno Almendra

    F_0 37 — Casa Mortuária de Barrancos

    Autores: Paulo Dias (coord.); João Varela e Ana Isabel Santos Atelier: MESA Atelier

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    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

    F_0 58 — Jardim da Galeria Municipal do Montijo

    Autores: Ricardo Bak Gordon e Rui Mendes Atelier: Bak Gordon Arquitectos e RM Arquitectura

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    Crédito de Imagem: Marta Ferreira - LFA Fotografia

    F_0 68 — Adega e Residência de Estudantes no Mosteiro de Santa Maria do Mar, Sassoeiros, Carcavelos

    Autor: Pedro Matos Gameiro Atelier: Matos Gameiro arquitectos

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    Crédito de Imagem: Francisco Ascensão

    F_0 101 — Edifício -Sede CORCET

    Autor: Nuno Melo Sousa Atelier: Nuno Melo Sousa

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    Requalificação do Largo do Rossio em Cem Soldos
    Redevelopment of Largo do Rossio in Cem Soldos
    Baldios Arquitetos Paisagistas Lda

    Vencedor
    Winner

    Cem Soldos é uma aldeia a 3 km de Tomar, cujo ativismo associativo permitiu, entre outros, a consolidação do Festival Bons Sons, um festival de música portuguesa de referência no panorama nacional, que ocorre desde 2006.

    O processo de requalificação do Largo do Rossio remonta a 2014, na sequência da associação local, o Sport Clube Operário de Cem Soldos (SCOCS), elaborar o projeto Ao Largo, um grupo de discussão sobre este espaço público.

    Em 2019, no âmbito da classificação de Cem Soldos como Área de Reabilitação Urbana (ARU), a Câmara Municipal de Tomar lança um concurso por convite para a elaboração do projeto de Requalificação do Largo, cujo programa preliminar exprime os desejos e ambições da comunidade local.

    Após a elaboração do Estudo Prévio, o projeto foi sujeito a um processo de participação pública, com a apresentação do projeto, reuniões com a população e com os agentes decisores.

    Esta intervenção é paradigmática na forma como a reabilitação urbana pode responder aos desafios das alterações climáticas e demográficas, servindo como suporte de ações de inovação social, atuando ao nível do quotidiano e da vida comunitária.
     

    Descrição do projeto

    A proposta constrói um grande espaço amplo no centro do Largo, que mantém a expressão triangular atual, podendo ser ocupado pontualmente para inúmeros eventos (o Festival Bons Sons, o Madeiro de Natal e a Festa de Aleluia, entre outros), e que, simultaneamente, consiga adaptar o espaço aos desafios das alterações climáticas, bem como da acessibilidade de todos os cidadãos.

    Os limites do Largo foram densamente plantados com árvores, que acompanham e trazem sombra para os principais percursos pedonais. Esta plataforma em saibro conecta-se com a fachada nascente do Largo, por esta ser aquela que melhor permite as ligações pedonais com as ruas envolventes.

    O poço existente foi recuperado e revelado, funcionando também como um espaço de estadia, com a introdução de jogos de tabuleiro tradicionais na pedra.

    Em redor das fachadas, nas ruas envolventes e no adro da Igreja, é proposto um pavimento em lajes de calcário que permite uma mobilidade universal, sem desníveis ou pendentes acentuadas, resolvendo ao mesmo tempo as novas infraestruturas propostas, tais como drenagem pluvial e iluminação pública com sistema de LED.

    As faixas de circulação das vias de acesso continuaram com dois sentidos, resultando numa velocidade de circulação menos acentuada.

    Em algumas das travessas do Largo foram instaladas pérgolas com plantação de vinha, permitindo que hajam espaços sombreados na estação quente.

    Ao longo dos percursos pedonais foram espalhados vários jogos de chão integrados no desenho do pavimento, entre os quais 100 moedas ou 'Soldos' pela aldeia. Estes 'Soldos', pequenas moedas de latão impressas, foram desenhados pelos próprios alunos da Escola Básica, que foram convidados a desenhar as moedas, participando assim no próprio desenho do espaço.

    Cem Soldos is a village located 3 km from Tomar, whose associative activism has enabled, among other things, the consolidation of the Bons Sons Festival, a reference festival for Portuguese music on the national scene, held since 2006.

    The process of redevelopment of Largo do Rossio dates back to 2014, following the local association, the Sport Clube Operário de Cem Soldos (SCOCS), which developed the project Ao Largo, a discussion group about this public space.

    In 2019, within the scope of Cem Soldos’ classification as an Urban Rehabilitation Area (ARU), the Municipality of Tomar launched an invited competition for the preparation of the Largo Redevelopment project, whose preliminary program expresses the wishes and ambitions of the local community.

    After the preparation of the Preliminary Study, the project underwent a public participation process, with presentations, meetings with residents, and decision-makers.

    This intervention is paradigmatic in showing how urban rehabilitation can respond to the challenges of climate change and demographic shifts, serving as a basis for social innovation actions, and acting at the level of daily life and community living.
     

    Project Description

    The proposal creates a large open space at the center of the Largo, maintaining the current triangular shape, which can be temporarily used for numerous events (such as the Bons Sons Festival, the Christmas Log, and the Easter Festival, among others), while simultaneously adapting the space to the challenges of climate change and ensuring accessibility for all citizens.

    The edges of the Largo have been densely planted with trees, providing shade along the main pedestrian routes. This gravel platform connects to the east-facing facade of the Largo, as it best facilitates pedestrian links with the surrounding streets.

    The existing well was restored and revealed, also functioning as a resting space, with the introduction of traditional board games engraved in stone.

    Around the facades, on the surrounding streets, and in the churchyard, a limestone slab pavement is proposed that allows for universal mobility, without level changes or steep slopes, while accommodating the new infrastructure works such as stormwater drainage and public LED lighting.

    The traffic lanes on access roads remain two-way, resulting in reduced vehicle speeds.

    In some of the smaller streets of the Largo, pergolas with vine planting were installed, creating shaded areas during the warm season.

    Along the pedestrian paths, several ground games integrated into the pavement design are scattered, including 100 coins or 'Soldos' throughout the village. These 'Soldos', small brass-engraved coins, were designed by the students of the Basic School, who were invited to participate in the design of the space through their coin creations.

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    Crédito de Imagem: José Almeida, Alexandre de Magalhães

    Finalistas:

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    Crédito de Imagem: Os Espacialistas

    F_0 12 — Cella

    Autores: Diogo Castro Guimarães, Luis Maria Baptista Atelier: Os Espacialistas

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    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

    F_0 55 — Praça de Espanha

    Autores: Npk, Arquitectos Paisagistas + Atelier Rua

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    Crédito de Imagem: Ivo Tavares Studio, LJ-Group

    F_0 76 — Duo Hotel Lisbon

    Autor: LJ-Group Atelier: LJ-Group

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    Intervenção no Edifício da Nacional - Aliados, Porto
    Intervention in the Nacional Building – Aliados, Porto

    Menos é Mais Arquitectos Associados

    Vencedor
    Winner

    Edifício ‘A Nacional’ (1919–1925) (2018–2024)

    O Edifício da Companhia de Seguros “A Nacional”, da autoria do arquiteto Marques da Silva, sofreu várias alterações que desvirtuaram a qualidade da solução original de 1919, destacando-se, entre elas, a intervenção de 1966, onde foi demolido o grande lanternim do espaço central do átrio e construída uma laje em betão para ampliação da área de escritórios, desvirtuando a cobertura.

    A oportunidade de reabilitação do edifício surge pela iniciativa do promotor de modificação dos pisos em desuso de escritórios para habitação de diferentes tipologias, respondendo às circunstâncias sócio-urbanísticas sofridas pela cidade do Porto no século XXI.

    Perante o valor da preexistência, procurou-se, através do desenho arquitetónico, clarificar os vários estratos e alterações ocorridas no edifício e, sempre que possível, ir ao encontro do desenho original de Marques da Silva.

    Procedeu-se à demolição das obras dos anos 60, repondo o lanternim central que transforma o átrio de novo em “pátio”, aproximando-se da relação espacial, luminosa e “urbana” prevista no projeto de Marques da Silva.

    Perante o valor da preexistência, o projeto atual aposta no desenho cirúrgico das infraestruturas — o que é fixo na mudança — introduzindo flexibilidade e reversibilidade programática. Uma atualização dos usos pela infraestruturação, um retomar contemporâneo do desenho original.

    A atualização programática de escritórios para habitação consegue-se num reajuste da compartimentação interior. Respeitando a lógica de planta repetitiva, propõem-se núcleos de serviços aprumados onde se concentram cirurgicamente todas as infraestruturas necessárias.

    Num jogo ergonómico de contenção desenham-se módulos autónomos organizados em dois níveis que concentram kitchenette, sanitários, escada, cama e armários. Estes módulos/armários, com recurso à linha curva, sublimam a fluidez espacial numa aproximação metafórica à linguagem de Marques da Silva.

    A distribuição é feita pelos passadiços pré-existentes.

    No piso 5, é aberta a laje, reposta a claraboia e passadiço para acesso à torre do Relógio e às duas habitações que ocupam o desvão das coberturas inclinadas.

    O edifício conjuga o emprego de materiais tradicionais como a alvenaria de pedra revestida a cimento nas fachadas, a madeira nas vigas secundárias dos pavimentos, com materiais modernos para a época, nomeadamente, o ferro fundido e o betão armado.

    O projeto atual estimulou a continuidade na utilização de materiais e técnicas tradicionais, aliados à aplicação de novos materiais, que se adequam harmoniosamente com os preexistentes. Valores como os de autenticidade, integridade e reversibilidade foram tidos em conta ao nível do pensamento projetual que procura consensos entre intervenção no património, cumprimento das normativas e exigência de conforto atuais.

    ‘A Nacional’ Building (1919–1925) (2018–2024)

    The “A Nacional” Insurance Company Building, designed by architect Marques da Silva, underwent several alterations that distorted the quality of the original 1919 design, notably the 1966 intervention where the large lantern of the central atrium was demolished and a concrete slab was constructed to expand the office area, compromising the roof.

    The opportunity to rehabilitate the building arose from the initiative to convert the unused office floors into housing of different typologies, addressing the socio-urban circumstances faced by the city of Porto in the 21st century.

    Given the value of the preexisting structure, the architectural design sought to clarify the various layers and changes the building had undergone and, whenever possible, to align with Marques da Silva’s original design.

    The 1960s works were demolished, restoring the central lantern that transforms the atrium once again into a “courtyard,” approaching the spatial, luminous, and “urban” relationship envisioned in Marques da Silva’s project.

    Considering the value of the preexisting building, the current project focuses on the surgical design of infrastructure—what is fixed amid change—introducing programmatic flexibility and reversibility. It updates uses through infrastructuring, offering a contemporary reinterpretation of the original design.

    The programmatic update from offices to housing is achieved by readjusting the interior layout. Respecting the repetitive floor plan logic, service cores are proposed, where all necessary infrastructure is concentrated with surgical precision.

    In an ergonomic containment approach, autonomous modules are designed over two levels, incorporating kitchenette, bathrooms, stairs, bed, and wardrobes. These modules/wardrobes, using curved lines, enhance spatial fluidity, metaphorically referencing Marques da Silva’s architectural language.

    Distribution occurs via the preexisting walkways.

    On the fifth floor, the slab is opened, the skylight and walkway are restored for access to the Clock Tower and the two dwellings occupying the attic space beneath the pitched roofs.

    The building combines traditional materials such as stone masonry coated with cement on the facades, and wood for secondary floor beams, with modern materials for the era, notably cast iron and reinforced concrete.

    The current project promotes the continued use of traditional materials and construction techniques, allied with new materials harmoniously integrated with the existing ones. Values such as authenticity, integrity, and reversibility were carefully considered within the design philosophy, which seeks consensus between heritage intervention, compliance with regulations, and contemporary comfort requirements.

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    Crédito de Imagem: José Campos

    Finalistas:

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    Crédito de Imagem: Mark Ebbeng

    F_0 16 — Quarteirão do Rossio

    Autores: Contacto Atlântico, Engº José Coelho, Alves Ribeiro, HCI, Gapres Atelier: Contacto Atlântico

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    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

    F_0 35 — Marquês de Abrantes

    Autor: José Adrião Atelier: José Adrião Arquitetos

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    Crédito de Imagem: Frederico Martinho

    F_0 61 — Casa em Olhão

    Autores: Bruno Oliveira, Marlene dos Santos Atelier: estudio ODS

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    Crédito de Imagem: Arquivo Histórico do Porto, Francisco Ascenção, José Campos

    F_0 95 — Abrigo dos Pequeninos - Reservas dos Museus Municipais do Porto

    Autores: Luis Sobral, Carlos Azevedo, João Crisóstomo, Ângela Meireles Atelier: depa Architects

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    Mercado do Bairro Padre Cruz
    REDO architects

    Vencedor
    Winner

    Construída no vasto território alentejano, a casa surge da figura de um extenso tanque adossado a um muro/parede, voltado a sul, como se de uma caixa de ressonância de toda a paisagem se tratasse.

    Do outro lado do muro, guardam-se os espaços sociais da casa e duas salas de fresco, lugares de transição entre interior e exterior, fundacionais para esta vida quotidiana. Em torno de um pequeno pátio interior gravitam os diferentes espaços privados.

    Toda a casa é revestida com argamassa de cal e isolada pelo exterior com cortiça. A forma e geometria dos espaços, as aberturas criteriosas e a emersão nessa materialidade emprestam a esta casa um sentido sensorial que dificilmente se reconhece pelas imagens.

    Numa zona rural em Pedrógão Grande, o nosso cliente comprou, no início de 2017, um bonito terreno verdejante com algumas construções em ruína. Em junho desse ano, um incêndio de proporções devastadoras destruiu a flora do terreno e de toda a envolvente. Essa alteração dramática da paisagem, por sua vez, tornou bastante clara a topografia domesticada por um sistema de socalcos, trazendo à memória a região vinícola do Douro ou, mais longínquo, os terraços agrícolas incas no Peru.

    Tornou-se evidente que o projeto deveria recuperar e apoiar-se nesses terraços. Além disso, a topografia parecia não pedir uma casa tradicional, do ponto de vista arquetípico, mas antes algo mais indefinido, como uma estrutura habitada. A solução foi uma construção abstrata composta por inúmeras colunas dispostas numa malha irregular de densidade variável – uma estrutura hipóstila –, procurando conseguir ao mesmo tempo fluidez espacial e filtragem tridimensional entre espaços privados e a paisagem exterior.

    Cinco anos depois, a envolvente está novamente verdejante e a nova estrutura torna-se agora também parte deste sistema de paisagem construída.

    Built in the vast territory of Alentejo, the house appears from the figure of an extensive tank attached to a wall, facing south, as if it were a sounding board for the entire landscape. On the other side of the wall are the social spaces of the house and two fresco rooms, places of transition between interior and exterior, foundational to this everyday life. Around a small interior courtyard, the different private spaces gravitate.

    The whole house is coated with lime mortar and insulated from the outside with cork. The shape and geometry of the spaces, the judicious openings, and the emergence of this materiality lend the house a sensory quality that is difficult to capture from images alone.

    In a rural area in Pedrógão Grande, our client, in early 2017, bought a beautiful green plot of land with some ruined buildings. In June of that year, a fire of devastating proportions destroyed the flora of the land and the entire surroundings. This dramatic alteration of the landscape, in turn, made the topography, tamed by a system of terraces, quite clear—bringing to mind the Douro wine region or, more distantly, the Inca agricultural terraces in Peru.

    It became clear that the project had to recover and build on these terraces. And the feeling that the topography didn’t call for a traditional house, from an archetypal point of view, but rather something more undefined—such as an inhabited structure—emerged. The solution was an abstract construction composed of numerous columns arranged in an irregular grid of variable density—what is known as a hypostyle structure—seeking to achieve spatial fluidity and three-dimensional filtering between private spaces and the outdoor landscape. Five years later, the surroundings are once again verdant, and the new structure now becomes part of this landscape system.

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    Crédito de Imagem: Eduardo Montenegro

    Finalistas:

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    Crédito de Imagem: Francisco Ascensão

    F_0 11 — fala 156

    Autores: fala (Filipe Magalhães, Ana Luisa Soares, Ahmed Belkhoja, Iera Samovich) Atelier: fala

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    Crédito de Imagem: Alexander Bogorodskiy, Joaquin-Mora

    F_0 69 — Casa em Esmoriz

    Autor: Samuel Gonçalves, Arq.º Atelier: SUMMARY

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    Crédito de Imagem: Marta Ferreira, LFA Fotografia

    F_0 82 — Museu Aristides de Sousa Mendes

    Autores: Pedro Azevedo, Susana Rosmaninho Atelier: Rosmaninho+Azevedo - Arquitectos

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    Crédito de Imagem: Lourenço Teixeira de Abreu, Pedro Galvão Lucas, Miguel Moreira

    F_0 87 — Casa do Cura

    Autores: Francisco Cardoso, Frederico Albuquerque, Pedro Durão, Sebastião RIbeiro Atelier: Atelier AAVV

  • C1 - Habitação Unifamiliar; C2 - Habitação Coletiva; C3 - Equipamento Coletivo

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    João Santa Rita

    João Manuel Santa Rita, Doutor em Arquitetura (2021) e Mestre em Construção (1999) pelo Instituto Superior Técnico em Lisboa. Licenciado em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa (Novembro de 1989) e completou o liceu no curso de Equipamentos e Interiores da Escola Secundária António Arroio em Lisboa (1984).

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    Carolina Backlar

    Arquiteta nascida em Ponta Delgada, Açores, fundou o Atelier Backlar, em 2012 onde correntemente desenvolve vários projetos na área da habitação, serviços, turismo e ativação do espaço público, no Arquipélago e em Portugal Continental. Em 2011, foi chefe de projeto, em Londres, na Universal Design Studio, com Barber&Osgerby, vencedores, em 2013, do prémio Maison & Objet - Designers of the Year. Em 2009, venceu o programa Inov-Art, organizado pelo Ministério da Cultura, onde aprofundou os seus conhecimentos sobre estruturas pré-fabricadas, em Los Angeles. Entre 2005 e 2009 trabalhou entre Paris e Nova Iorque, no Atelier Jean Nouvel, vencedor do prémio Pritz-ker Price. Estudou em Paris, na École d’Architecture de Paris la Villette e licenciou-se na FAUTL, em 2006.

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    Inês Cordovil

    Licenciou-se na Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa em 1998. Colaborou no atelier Sousa Oliveira Arquitetura e Urbanismo Lda., no período compreendido entre 1998 e 2007, como arquiteta e coordenadora de projeto, onde destaca a coordenação dos projetos da Biblioteca Central e Arquivo Municipal de Lisboa e do Edifício de habitação Lisbon Stone Block. Entre 2007 e 2015 foi coordenadora de projeto no atelier Aires Mateus e Associados, onde destaca a coordenação do obra da ETAR de Alcântara, o projeto do Hotel Aquapura no Barrocal, e a reabilitação do Edifício na Rua Cecílio de Sousa (atual escritório da Aires Mateus). Fundou em 2007 a SIA arquitetura, com Sofia Pinto Basto e Ana Cravinho.

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    Julião Pinto Leite

    Licenciou-se em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, em 2007. Partner da OODA, onde tem vindo a desenvolver vários projetos como o Hoso, no Porto; a Torre 15 & 1 em Leça da Palmeira; e a Casa CM, em Oeiras. Julião foi distinguido com o Prémio Europeu 40 Under 40 2022-2023, organizado pelo Chicago Athenaeum Museum em colaboração com o European Center for Architecture, Art, Design and Urban Studies.Para além da arquitetura, Julião dedica-se à ilustração, uma vocação e motivação mais do que um hobby.

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    Alexandre Marques Pereira

    Em 1981 entra para o curso de Arquitetura da Escola Superior de Belas Artes do Porto, tendo acabado em 1986 na Faculdade de Arquitetura de Lisboa, donde é natural e residente. Desde 1993 é docente de Projeto de 5ºano, na Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada de Lisboa. Foi Visiting Professor em 2006 na Universidade de Auburn, Alabama U.S.A. Em 2012 obtém o Doutoramento em arquitetura pela Universidade Lusíada, sobre as relações entre a cultura arquitetónica dentro do movimento moderno, entre o Norte e o Sul da Europa. Após ter trabalhado com Manuel Tainha desde 1986, em 1996 cria atelier próprio, no qual vem produzindo, diversos projectos e obras, tais como: Biblioteca Municipal de Sintra, 1996-2003, Prédio Saraiva de Carvalho, Lisboa 2001-2007, Reabilitação do Palacete do Relógio, Cais do Sodré, Lisboa 2002, Fundação Leal Rios, Lisboa 2001-2010, Escola Conde de Monsaraz, Reguengos de Monsaraz 2010-2013, Escola Arco Iris, Olivais, Lisboa 2015, Ampliação da Biblioteca Municipal de Viseu 2015, etc.

    C4 - Espaço Público; C5 - Reabilitação Arquitetónica; C6 - Jovens Emergentes

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    Teresa Nunes da Ponte

    Licenciou-se em arquitetura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa em 1978. Dedica-se a projetos de reabilitação de edifícios, obra nova, espaço público, exposições, desenho de mobiliário, e estudos de património. De destacar a colaboração com a Fundação da Casa de Mateus entre 1986 e 2022 para o restauro e reabilitação da Casa e anexos agrícolas, incluindo o Museu e a Residência de Artistas no antigo Lagar de Azeite; e com a Fundação Calouste Gulbenkian a partir de 1999, para a manutenção, restauro e renovação dos seus edifícios, nomeadamente a Zona de Congressos e Auditórios da Sede, em Lisboa, incluindo o Grande Auditório – prémio DOCOMOMO 2021 na categoria Sustainable Uses, e o Centro Calouste Gulbenkian em Paris; Referem-se ainda alguns projetos como o restauro e reabilitação do Convento de São Francisco em Vila Franca do Campo e da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal no Baluarte do Cais; e em Lisboa: do Espaço Público do Bairro da Bica, da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa na antiga Escola Machado de Castro e do Hotel Verride no Palacete de Santa Catarina –Prémio de Reabilitação Urbana e Menção Honrosa do Prémio Valmor em 2018. Co-autora do Guia Urbanístico e Arquitetónico de Lisboa e de outras publicações sobre a Cidade, sobre a Fundação Calouste Gulbenkian e seus edifícios, e no âmbito da curadoria ou montagem de exposições.

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    Paula del Rio

    Nasceu em Soria, Espanha em 1985. É arquiteta pela ETSA Madrid (2010), onde cursou também o Máster em Projetos Arqutitetónicos Avançados (2011) e exerceu como assistente convidada na disciplina de Proyectos 6 e 7 (2010-2014). Atualmente é assistente convidada no Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra (2018-). Em 2014 fundou junto com o arquiteto João Branco o escritório Branco del Rio arquitetos em Coimbra, que tem desenvolvido um percurso prático reconhecido por numerosos prémios nacionais e internacionais.

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    João Rapagão

    Termina o programa de doutoramento Arquitetura Moderna y Restauración na Escola Técnica Superior de Arquitetura da Universidade de Valladolid em 1992. Desenvolve atualmente a dissertação para Doutoramento em Arquitetura. Licenciado em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa em 1988, é Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada, desde 1997, e do Departamento Autónomo de Arquitetura da Universidade do Minho, de 2002 a 2008, e presentemente em 2022|2023. É bolseiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e da Fundação Calouste Gulbenkian. Preside ao Conselho Diretivo Regional do Norte da Associação dos Arquitetos Portugueses e da Ordem dos Arquitetos no triénio 1996|1998. Integra o Conselho de Administração da Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto entre 2000 e 2002. Integra júris em concursos públicos e prémios de arquitetura internacionais, nacionais e regionais. Intervém como orador em diversos congressos e encontros, especialmente nos temas do Património e do Exercício da Profissão. Selecionado para diversas exposições em Milano, Lisboa, Frankfurt, Dessau, Salamanca, Aveiro, Coimbra e Porto. Exerce arquitetura desde 1988, especialmente em estudos e projetos de monumentos nacionais e equipamentos coletivos. É autor de ensaios monográficos em Ricardo Vieira de Melo - Habitar, da editora Caleidoscópio em 2004, e em Living in Porto - Floret Arquitectura, da editora Uzina Books em 2020. É autor e editor científico do Mapa de Arquitetura Arménio Losa e Cassiano Barbosa, editado pela Ordem dos Arquitetos em 2008

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    Patrícia Chorão

    Licenciou-se em Arquitetura em 1996 pela Faculdade de Arquitetura de Lisboa, na Universidade Técnica. Iniciou a sua atividade como arquiteta em projetos colaborativos com diversos ateliers (Rául Chorão Ramalho, Manuel Tainha, Gonçalo Byrne, João Luis Carrilho da Graça, PROAP, entre outros) e posteriormente em atelier próprio. Foi vencedora do Prémio Thyssen Arquitectura’98 com o projeto de Reabilitação e Revitalização da Estação do Norte de Valência e área envolvente, com um estudo urbano e arquitetónico do terreno em questão. Ao longo do seu percurso profissional, tem desenvolvido projetos essencialmente na área da reabilitação, mas também no desenho de construção nova. Para além da atividade como arquiteta, complementou a sua formação com o Curso Profissional de Fotografia (IPF 2012-13) e estudos em Antropologia (Universidade Nova de Lisboa, 2013). Colaborou ainda com a Associação Arquitetos Sem Fronteiras em ações de reconstrução e preservação do património da cultura Avieira. Em 2013 fundou o FAS – Fundo de Arquitetura Social com a Arq. Raquel Morais, associação sem fins lucrativos que tem como principal objetivo a regeneração urbana, através do trabalho colaborativo com a comunidade onde intervém. Em Janeiro de 2017 fundou o atelier Célula com a Arq. Filipa Teles Correia como plataforma de desenvolvimento de projetos de Arquitetura que assentem numa identidade própria com uma força intrínseca, singular em cada caso, procurando uma relação de respeito com a envolvente e com a tradicional arquitetura portuguesa.

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    Miguel Marcelino

    Miguel Marcelino (Portugal, 1981), arquiteto (DA/UAL, 2005), vive e trabalha em Lisboa. Estudou música no Instituto Gregoriano de Lisboa entre 1993 e 1998. Colaborou com Herzog & de Meuron (Suíça, 2003/04) e Bonell & Gil (Espanha, 2005/07), antes de estabelecer atelier próprio em 2008, vencendo nesse ano o seu primeiro concurso público. É docente convidado no Departamento de Arquitetura da Universidade Autónoma de Lisboa. A sua obra construída abrange as mais variadas escalas e programas, desde pequenas habitações privadas até grandes edifícios públicos. O seu trabalho tem sido exposto e publicado nos mais diversos meios, tanto nacionais como internacionais. Em 2014 foi convidado a integrar a representação oficial Portuguesa na Bienal de Veneza de Arquitetura

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    Frederico Soares

    Estudou Engenharia do Ambiente, no Instituto Superior Técnico // Universidade de Lisboa, tendo frequentado em simultâneo os cursos de pintura e desenho do ARCO. É licenciado em Arquitetura Paisagista pelo Instituto Superior de Agronomia // Universidade de Lisboa. Em 2011 fundou o atelier GETOUT, arquitetura paisagista.

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    Melides

    Melides

    José Adrião

    Vencedor

    Winner

    A casa está localizada numa planície a poucos quilómetros da costa atlântica portuguesa. Estazona tem a particularidade de ter um povoamento disperso em lotes de terreno de dimensãovariável. Na sua génese havia uma atividade predominantemente florestal/agrícola.A quinta das Oliveiras tem caraterísticas semelhantes. É constituída por uma pequena área decultivo, um pinhal e um conjunto de edifícios com escassa qualidade construtiva: umahabitação, anexos e telheiros de apoio.Os diferentes instrumentos de gestão territorial em vigor determinaram as regras base doprojeto. As edificações existentes só poderiam ser demolidas e substituídas. No caso dasubstituição, a nova construção deveria manter o perímetro de implantação da construçãopreexistente. Seria possível, de acordo com a mesma legislação, a construção de um piso emcave e um acréscimo de 20% da área de implantação num piso superior.A configuração da nova casa é reflexo do determinado pelos instrumentos de gestãourbanística.Os espaços interiores adaptaram-se à volumetria possível e o seu desenho procurou a luz e aventilação natural, como um fator determinante para criação de conforto.A nova casa estabelece uma relação total com o terreno a partir das áreas sociais, sendocomposta por dois volumes adossados entre si. Num volume baixo e comprido está a cozinha,a zona de refeições e a zona de estar num espaço aberto. Outro volume, mais alto e cúbico,contém as escadas que dão acesso ao quarto no piso superior e a uma zona de apoio na cave.A zona de cave é iluminada e ventilada por três pátios situados a norte, a sul e a nascente

    The house is located on a plain just a few kilometers from the Portuguese Atlantic coast. This area is characterized by a dispersed settlement pattern, with plots of varying sizes. Historically, the region had a predominantly forestry and agricultural use. Quinta das Oliveiras shares similar characteristics. It comprises a small cultivated area, a pine forest, and a group of buildings with low construction quality: a house, outbuildings, and simple shelters.

    The applicable territorial management regulations defined the fundamental guidelines for the project. The existing buildings could only be demolished and replaced. In the case of replacement, the new construction was required to follow the footprint of the pre-existing structures. According to the same legislation, it was permitted to build a basement level and to increase the footprint by up to 20% on an upper floor.

    The configuration of the new house reflects the constraints set by urban planning regulations.
    The interior spaces were designed within the allowed volume, with a focus on capturing natural light and ventilation, both key elements in creating comfort.

    The new house establishes a close relationship with the land, especially through its social areas, and is composed of two adjoining volumes. One is a low and elongated volume that houses the kitchen, dining, and living areas in an open-plan layout. The other, taller and cubic in shape, contains the staircase that leads to the upper-level bedroom and a support area in the basement.

    The basement is illuminated and ventilated through three courtyards located to the north, south, and east.

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    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

     

     

    Casa no Cerrado

    House in the Cerrado

    Jorge André Santana Pimenta

    Menção Honrosa

    Honorable Mention

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    Crédito de Imagem: José Campos

    Finalistas:

    Casa-Atelier

    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

    F_0 23 — Casa Atelier no Caramão

    Autores: José Maria Cumbre e Nuno Sousa Caetano Atelier: ASPA

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    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

    F_0 30 — Casa na Serra do Louro

    Autor: João Completo Atelier: cimbre

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    Crédito de Imagem: Daniel Malhão

    F_0 56 — Casa Catribana

    Autor: Luís Pedro Pinto Atelier: STUDIO-LPP

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    Edifício em Cascais

    Building in Cascais

    Atelier AAVV

    Vencedor

    Winner

    Construir num gaveto é desenhar na paisagem da cidade. Mas construir é dar um corpo, e dar um corpo é abrir a forma do espaço.
    Construir um edifício no canto de uma avenida de uma vila como Cascais, em que a ressonância da cidade-jardim criou um tecido de implantações destacadas, é levantar uma presença nova, plantar um corpo, que antes não existia, na terra, no lugar.

    Mas a circunstância, que define o quadro, não é verdadeiramente suficiente. É preciso um ato de coragem para existir, e existir é ter uma estrutura, encontrar uma ordem própria na procura da permanência. Na arquitetura, talvez seja mesmo necessária a aproximação à (a vertigem da) abstração para sermos capazes de fazer o concreto.

    "A pedra está poisada sobre si mesma
    No tempo da indigência não pedirás outra abundância
    Nenhum outro verso ou casa
    Nenhuma outra firmeza
    A pedra está poisada sobre si mesma"
    — Daniel Faria

    Neste projeto, confrontados com um contorno estático determinado pelo planeamento urbanístico e com a diversidade tipológica que o cliente insistiu que o edifício tivesse, foram a métrica de uma estrutura que se tornou forma, a força da geometria e o desejo de abrir o espaço de 15 casas ao sol e ao mar que lançaram a direção do caminho.

    As casas, que não podem ficar presas pelo programa, descobriram sentido na profundidade da forma, em que uma galeria de distribuição pode voltar a ser um espaço singular, e na possibilidade de os espaços de encontro se estenderem à relação aberta com o lugar. E, assim, fez-se a combinação de casas com um, dois, três e quatro quartos, guardando as variações no desenho do edifício como um todo.

    A estrutura assumiu a sua concretização natural como forma, para fazer inteiro o que é complexo, a partir da clareza física da matéria. O betão, autónomo, mas testemunho de um lugar do moderno manifestado na torre do Athouguia ali ao lado, pigmentado por querer pertencer sem humilhar os regionalismos suaves da vizinhança, e acabado com uma erosão forçada para fazer a pele grossa sem a qual ainda não se é grande coisa.

    Dentro, defendeu-se a simplicidade na construção material: estuque, pedra, madeira aparente, madeira pintada e marmorite, sempre nos seus planos próprios e claros, deixando as particularidades entrar com as pessoas que ali vão viver.

    E, no fim, regressamos à cidade plantada, que enquadra uma forma nova, trepando-a para fazer jardins também dos terraços. Fica um corpo de betão erodido plantado sob a luz, uma estrutura levantada, pronta, que espera a passagem do tempo medida nos dias da vida de cada um.

    To build on a corner plot is to draw within the landscape of the city. But to build is to give form, and to give form is to open up the shape of space.

    Constructing a building at the corner of an avenue in a town like Cascais—where the resonance of the garden-city has shaped a pattern of detached plots—is to introduce a new presence, to plant a body where none existed before, in the ground, in the place.

    But circumstance alone—the context—is not truly enough. There must be an act of courage in order to exist. And to exist is to have structure, to find one's own order in the pursuit of permanence. In architecture, perhaps it is necessary to approach (or even risk) abstraction in order to achieve the concrete.
     

     

    “The stone is laid upon itself
    In the time of need you will ask for no other abundance
    No other verse or home
    No other firmness
    The stone is laid upon itself”
    — Daniel Faria

     

    In this project, confronted with a static outline defined by urban planning and a typological diversity the client insisted on, it was the metric of a structure becoming form, the strength of geometry, and the desire to open the living spaces of 15 homes to sun and sea that set the path.

    The dwellings, which could not be constrained by the program, found meaning in the depth of the form—in which a circulation gallery becomes a unique spatial moment—and in the possibility of shared spaces extending into an open relationship with the site. Thus emerged a combination of one-, two-, three-, and four-bedroom apartments, with variations embedded in the design of the building as a whole.

    The structure took on its natural form as architecture—making the complex whole through the physical clarity of material. Concrete, autonomous yet echoing the modernist legacy of the nearby Athouguia tower, was pigmented to belong without diminishing the soft regionalism of its surroundings, and finished with a forced erosion to create a coarse skin—without which, one is still not much.

    Inside, construction was kept materially simple: plaster, stone, exposed wood, painted wood, and terrazzo—each in its own clear plane—allowing the particularities of life to be brought in by those who will inhabit it.

    And in the end, we return to the planted city, which frames a new form—climbing it to make gardens from terraces. What remains is a body of eroded concrete, planted in the light: a structure raised, ready, waiting for the passage of time as measured in the days of each life lived within it.

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    Crédito de Imagem: João Guimarães / João Peleteiro

    Finalistas:

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    Crédito de Imagem: Alexandre Delmar e Hugo Santos Silva

    F_0 48 — Edifício Habitacional na Rua Roberto Ivens

    Autores: Luís Ribeiro da Silva e Margarida Quintã Atelier: Ursa Arquitectura

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    Crédito de Imagem: Alexander Bogorodskiy

    F_0 64 — G - 5 CASAS

    Autor: Samuel Gonçalves, Arq.º Atelier: SUMMARY

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    Crédito de Imagem: ATTILIO FIUMARELLA

    F_0 75 — EDIFÍCIO HS

    Autor: José Carlos Nunes de Oliveira Atelier: NOARQ - NO ARQUITECTOS, LDA

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    Crédito de Imagem: Ivo Tavares Studio

    F_0 92 — 797 Fernandes Thomaz

    Autor: Adriana Floret Atelier: Floret Arquitectura

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    Estufa Pedagógica e Galinheiro da Quinta de Serralves

    Pedagogical Greenhouse and Chicken Coop of the Serralves Farm

    depArchitects

    Vencedor

    Winner

    A antiga Quinta do Mata-Sete, localizada no extremo sudoeste do Parque de Serralves, funciona hoje como quinta pedagógica da Fundação. Com uma lógica pragmática ditada pela função agrícola, distingue-se do desenho geometrizado de influência francesa do restante parque.

    O conjunto de duas intervenções na quinta de Serralves, composto por uma estufa pedagógica e um galinheiro, surge da necessidade de criação de espaços dedicados a atividades pedagógicas da Quinta e localiza-se num ponto de charneira destas duas realidades.
     

    Estufa Pedagógica

    Procurando uma transformação mais perene do território, recorreu-se ao léxico de materiais que já caracterizam o parque e a sua humanização. Propõe-se uma intervenção em dois gestos de transformação elementares:

    Com um conjunto de grandes blocos de granito, desenha-se um muro de baixa altura que, pela sua geometria e relação com o terreno, permite a criação de um espaço naturalmente abrigado e confinado — num gesto mais telúrico do que arquitetónico — aludindo às formas de transformação do território mais rudimentares, como os campos masseira do norte litoral de Portugal.

    Sobre este muro surge uma cobertura de madeira que, soltando-se do plano do terreno, acaba de conter o espaço e desenha uma área de estufa fechada.

    A presença da construção resulta serena na relação longínqua com o parque, e dominadora na relação mais próxima que estabelece com a horta produtiva para onde se abre.

    A adaptabilidade da intervenção ao longo do tempo foi uma das premissas do projeto. Se a cobertura, de materialidade mais efémera, desaparecer, ficarão apenas os muros de configuração do terreno como parte integrante do vasto parque.
     

    Galinheiro

    Da necessidade inusitada de criar um abrigo para galinhas na Quinta Pedagógica de Serralves, procurou-se a radicalidade no desenho dos elementos mínimos.

    A implantação rouba-se ao pragmatismo dos edifícios agrícolas existentes, que já tinham encontrado a melhor orientação solar.

    Sem artifício, a composição que dá forma ao galinheiro e a sua estrutura de suporte são um exercício de síntese e métrica, ditadas pelas regras tectónicas do material e pelo controlo da escala da intervenção.

    A peça é assim constituída por dois módulos simétricos que pousam em seis blocos de granito, assumindo a sua leveza e efemeridade, e por uma cobertura de duas águas em zinco que se projeta afirmativamente para fora dos limites do galinheiro.
     

    Por fim, a cor — elemento essencial na composição — distingue os elementos e sugere um diálogo com as restantes construções existentes.

    Com o conjunto das duas intervenções, pretende-se que seja ampliado e reforçado o carácter lúdico e instrutivo da quinta e da sua horta, informando o público acerca da “natureza” da paisagem, enquanto coisa inevitavelmente construída, que narra a inevitável relação do homem com o meio que o envolve.

    The former Quinta do Mata-Sete, located at the southwestern edge of the Serralves Park, now functions as the Foundation’s educational farm. With a pragmatic logic dictated by its agricultural purpose, it stands apart from the geometrically designed, French-influenced layout of the rest of the park.

    The project consists of two interventions at the Serralves farm — a pedagogical greenhouse and a chicken coop — born from the need to create spaces dedicated to the farm’s educational activities. They are located at a transition point between these two contrasting realities.
     

    Pedagogical Greenhouse

    Aiming for a more enduring transformation of the land, the intervention draws from the material vocabulary already present in the park and its humanized landscape. The proposal is expressed through two elemental gestures of transformation:

    Using large granite blocks, a low wall is built, whose geometry and relationship with the terrain create a naturally sheltered and enclosed space — a gesture that is more earthy than architectural, evoking primitive land-shaping methods such as the masseira fields of Portugal’s northern coastline.

    Above this wall rises a timber canopy that, detaching itself from the ground plane, completes the enclosure and defines a closed greenhouse space.

    The presence of the structure is serene in its distant relationship with the park, yet assertive in its proximity to the productive garden into which it opens.

    Adaptability over time was a key premise of the project. If the canopy — made from more ephemeral materials — were to disappear, the granite walls would remain as part of the park’s terrain configuration, fully integrated into the landscape.
     

    Chicken Coop

    From the unusual requirement to create shelter for chickens at the Serralves Educational Farm, the design sought radical simplicity in the articulation of minimal elements.

    Its siting borrows from the pragmatism of the existing agricultural buildings, which had already identified the best solar orientation.

    With no embellishment, the composition of the chicken coop and its supporting structure is an exercise in synthesis — a balance between the tectonic logic of the material and the control of scale.

    The piece consists of two symmetrical modules resting on six granite blocks, expressing their lightness and impermanence. A gable zinc roof extends assertively beyond the coop’s footprint.

    Finally, colour — an essential compositional element — distinguishes each part and establishes a dialogue with the surrounding constructions.
     

    Through these two interventions, the aim is to amplify and reinforce the farm’s educational and playful character, offering the public insight into the “nature” of the landscape — as something inevitably constructed — and telling the unavoidable story of humankind’s relationship with the environment that surrounds it.

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    Crédito de Imagem Federico Farinatti, Francisco Ascenção, José Campos, Hugo Costa Silva

    Finalistas:

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    Crédito de Imagem: Nuno Almendra

    F_0 37 — Casa Mortuária de Barrancos

    Autores: Paulo Dias (coord.); João Varela e Ana Isabel Santos Atelier: MESA Atelier

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    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

    F_0 58 — Jardim da Galeria Municipal do Montijo

    Autores: Ricardo Bak Gordon e Rui Mendes Atelier: Bak Gordon Arquitectos e RM Arquitectura

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    Crédito de Imagem: Marta Ferreira - LFA Fotografia

    F_0 68 — Adega e Residência de Estudantes no Mosteiro de Santa Maria do Mar, Sassoeiros, Carcavelos

    Autor: Pedro Matos Gameiro Atelier: Matos Gameiro arquitectos

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    Crédito de Imagem: Francisco Ascensão

    F_0 101 — Edifício -Sede CORCET

    Autor: Nuno Melo Sousa Atelier: Nuno Melo Sousa

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    Requalificação do Largo do Rossio em Cem Soldo

    Redevelopment of Largo do Rossio in Cem Soldos

    Baldios Arquitetos Lda

    Vencedor

    Winner

    Cem Soldos é uma aldeia a 3 km de Tomar, cujo ativismo associativo permitiu, entre outros, a consolidação do Festival Bons Sons, um festival de música portuguesa de referência no panorama nacional, que ocorre desde 2006.

    O processo de requalificação do Largo do Rossio remonta a 2014, na sequência da associação local, o Sport Clube Operário de Cem Soldos (SCOCS), elaborar o projeto Ao Largo, um grupo de discussão sobre este espaço público.

    Em 2019, no âmbito da classificação de Cem Soldos como Área de Reabilitação Urbana (ARU), a Câmara Municipal de Tomar lança um concurso por convite para a elaboração do projeto de Requalificação do Largo, cujo programa preliminar exprime os desejos e ambições da comunidade local.

    Após a elaboração do Estudo Prévio, o projeto foi sujeito a um processo de participação pública, com a apresentação do projeto, reuniões com a população e com os agentes decisores.

    Esta intervenção é paradigmática na forma como a reabilitação urbana pode responder aos desafios das alterações climáticas e demográficas, servindo como suporte de ações de inovação social, atuando ao nível do quotidiano e da vida comunitária.
     

    Descrição do projeto

    A proposta constrói um grande espaço amplo no centro do Largo, que mantém a expressão triangular atual, podendo ser ocupado pontualmente para inúmeros eventos (o Festival Bons Sons, o Madeiro de Natal e a Festa de Aleluia, entre outros), e que, simultaneamente, consiga adaptar o espaço aos desafios das alterações climáticas, bem como da acessibilidade de todos os cidadãos.

    Os limites do Largo foram densamente plantados com árvores, que acompanham e trazem sombra para os principais percursos pedonais. Esta plataforma em saibro conecta-se com a fachada nascente do Largo, por esta ser aquela que melhor permite as ligações pedonais com as ruas envolventes.

    O poço existente foi recuperado e revelado, funcionando também como um espaço de estadia, com a introdução de jogos de tabuleiro tradicionais na pedra.

    Em redor das fachadas, nas ruas envolventes e no adro da Igreja, é proposto um pavimento em lajes de calcário que permite uma mobilidade universal, sem desníveis ou pendentes acentuadas, resolvendo ao mesmo tempo as novas infraestruturas propostas, tais como drenagem pluvial e iluminação pública com sistema de LED.

    As faixas de circulação das vias de acesso continuaram com dois sentidos, resultando numa velocidade de circulação menos acentuada.

    Em algumas das travessas do Largo foram instaladas pérgolas com plantação de vinha, permitindo que hajam espaços sombreados na estação quente.

    Ao longo dos percursos pedonais foram espalhados vários jogos de chão integrados no desenho do pavimento, entre os quais 100 moedas ou 'Soldos' pela aldeia. Estes 'Soldos', pequenas moedas de latão impressas, foram desenhados pelos próprios alunos da Escola Básica, que foram convidados a desenhar as moedas, participando assim no próprio desenho do espaço.

    Cem Soldos is a village located 3 km from Tomar, whose associative activism has enabled, among other things, the consolidation of the Bons Sons Festival, a reference festival for Portuguese music on the national scene, held since 2006.

    The process of redevelopment of Largo do Rossio dates back to 2014, following the local association, the Sport Clube Operário de Cem Soldos (SCOCS), which developed the project Ao Largo, a discussion group about this public space.

    In 2019, within the scope of Cem Soldos’ classification as an Urban Rehabilitation Area (ARU), the Municipality of Tomar launched an invited competition for the preparation of the Largo Redevelopment project, whose preliminary program expresses the wishes and ambitions of the local community.

    After the preparation of the Preliminary Study, the project underwent a public participation process, with presentations, meetings with residents, and decision-makers.

    This intervention is paradigmatic in showing how urban rehabilitation can respond to the challenges of climate change and demographic shifts, serving as a basis for social innovation actions, and acting at the level of daily life and community living.
     

    Project Description

    The proposal creates a large open space at the center of the Largo, maintaining the current triangular shape, which can be temporarily used for numerous events (such as the Bons Sons Festival, the Christmas Log, and the Easter Festival, among others), while simultaneously adapting the space to the challenges of climate change and ensuring accessibility for all citizens.

    The edges of the Largo have been densely planted with trees, providing shade along the main pedestrian routes. This gravel platform connects to the east-facing facade of the Largo, as it best facilitates pedestrian links with the surrounding streets.

    The existing well was restored and revealed, also functioning as a resting space, with the introduction of traditional board games engraved in stone.

    Around the facades, on the surrounding streets, and in the churchyard, a limestone slab pavement is proposed that allows for universal mobility, without level changes or steep slopes, while accommodating the new infrastructure works such as stormwater drainage and public LED lighting.

    The traffic lanes on access roads remain two-way, resulting in reduced vehicle speeds.

    In some of the smaller streets of the Largo, pergolas with vine planting were installed, creating shaded areas during the warm season.

    Along the pedestrian paths, several ground games integrated into the pavement design are scattered, including 100 coins or 'Soldos' throughout the village. These 'Soldos', small brass-engraved coins, were designed by the students of the Basic School, who were invited to participate in the design of the space through their coin creations.

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    Crédito de Imagem José Almeida, Alexandre de Magalhães

    Finalistas:

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    Crédito de Imagem: Os Espacialistas

    F_0 12 — Cella

    Autores: Diogo Castro Guimarães, Luis Maria Baptista Atelier: Os Espacialistas

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    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

    F_0 55 — Praça de Espanha

    Autores: Npk, Arquitectos Paisagistas + Atelier Rua

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    Crédito de Imagem: Ivo Tavares Studio, LJ-Group

    F_0 76 — Duo Hotel Lisbon

    Autor: LJ-Group Atelier: LJ-Group

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    Intervenção no Edificio da Nacional - Aliados, Porto

    Intervention in the Nacional Building – Aliados, Porto

    Menos É Mais Arquitectos

    Vencedor

    Winner

    Edifício ‘A Nacional’ (1919–1925) (2018–2024)

    O Edifício da Companhia de Seguros “A Nacional”, da autoria do arquiteto Marques da Silva, sofreu várias alterações que desvirtuaram a qualidade da solução original de 1919, destacando-se, entre elas, a intervenção de 1966, onde foi demolido o grande lanternim do espaço central do átrio e construída uma laje em betão para ampliação da área de escritórios, desvirtuando a cobertura.

    A oportunidade de reabilitação do edifício surge pela iniciativa do promotor de modificação dos pisos em desuso de escritórios para habitação de diferentes tipologias, respondendo às circunstâncias sócio-urbanísticas sofridas pela cidade do Porto no século XXI.

    Perante o valor da preexistência, procurou-se, através do desenho arquitetónico, clarificar os vários estratos e alterações ocorridas no edifício e, sempre que possível, ir ao encontro do desenho original de Marques da Silva.

    Procedeu-se à demolição das obras dos anos 60, repondo o lanternim central que transforma o átrio de novo em “pátio”, aproximando-se da relação espacial, luminosa e “urbana” prevista no projeto de Marques da Silva.

    Perante o valor da preexistência, o projeto atual aposta no desenho cirúrgico das infraestruturas — o que é fixo na mudança — introduzindo flexibilidade e reversibilidade programática. Uma atualização dos usos pela infraestruturação, um retomar contemporâneo do desenho original.

    A atualização programática de escritórios para habitação consegue-se num reajuste da compartimentação interior. Respeitando a lógica de planta repetitiva, propõem-se núcleos de serviços aprumados onde se concentram cirurgicamente todas as infraestruturas necessárias.

    Num jogo ergonómico de contenção desenham-se módulos autónomos organizados em dois níveis que concentram kitchenette, sanitários, escada, cama e armários. Estes módulos/armários, com recurso à linha curva, sublimam a fluidez espacial numa aproximação metafórica à linguagem de Marques da Silva.

    A distribuição é feita pelos passadiços pré-existentes.

    No piso 5, é aberta a laje, reposta a claraboia e passadiço para acesso à torre do Relógio e às duas habitações que ocupam o desvão das coberturas inclinadas.

    O edifício conjuga o emprego de materiais tradicionais como a alvenaria de pedra revestida a cimento nas fachadas, a madeira nas vigas secundárias dos pavimentos, com materiais modernos para a época, nomeadamente, o ferro fundido e o betão armado.

    O projeto atual estimulou a continuidade na utilização de materiais e técnicas tradicionais, aliados à aplicação de novos materiais, que se adequam harmoniosamente com os preexistentes. Valores como os de autenticidade, integridade e reversibilidade foram tidos em conta ao nível do pensamento projetual que procura consensos entre intervenção no património, cumprimento das normativas e exigência de conforto atuais.

    ‘A Nacional’ Building (1919–1925) (2018–2024)

    The “A Nacional” Insurance Company Building, designed by architect Marques da Silva, underwent several alterations that distorted the quality of the original 1919 design, notably the 1966 intervention where the large lantern of the central atrium was demolished and a concrete slab was constructed to expand the office area, compromising the roof.

    The opportunity to rehabilitate the building arose from the initiative to convert the unused office floors into housing of different typologies, addressing the socio-urban circumstances faced by the city of Porto in the 21st century.

    Given the value of the preexisting structure, the architectural design sought to clarify the various layers and changes the building had undergone and, whenever possible, to align with Marques da Silva’s original design.

    The 1960s works were demolished, restoring the central lantern that transforms the atrium once again into a “courtyard,” approaching the spatial, luminous, and “urban” relationship envisioned in Marques da Silva’s project.

    Considering the value of the preexisting building, the current project focuses on the surgical design of infrastructure—what is fixed amid change—introducing programmatic flexibility and reversibility. It updates uses through infrastructuring, offering a contemporary reinterpretation of the original design.

    The programmatic update from offices to housing is achieved by readjusting the interior layout. Respecting the repetitive floor plan logic, service cores are proposed, where all necessary infrastructure is concentrated with surgical precision.

    In an ergonomic containment approach, autonomous modules are designed over two levels, incorporating kitchenette, bathrooms, stairs, bed, and wardrobes. These modules/wardrobes, using curved lines, enhance spatial fluidity, metaphorically referencing Marques da Silva’s architectural language.

    Distribution occurs via the preexisting walkways.

    On the fifth floor, the slab is opened, the skylight and walkway are restored for access to the Clock Tower and the two dwellings occupying the attic space beneath the pitched roofs.

    The building combines traditional materials such as stone masonry coated with cement on the facades, and wood for secondary floor beams, with modern materials for the era, notably cast iron and reinforced concrete.

    The current project promotes the continued use of traditional materials and construction techniques, allied with new materials harmoniously integrated with the existing ones. Values such as authenticity, integrity, and reversibility were carefully considered within the design philosophy, which seeks consensus between heritage intervention, compliance with regulations, and contemporary comfort requirements.

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    Crédito de Imagem José Campos

    Finalistas:

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    Crédito de Imagem: Mark Ebbeng

    F_0 16 — Quarteirão do Rossio

    Autores: Contacto Atlântico, Engº José Coelho, Alves Ribeiro, HCI, Gapres Atelier: Contacto Atlântico

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    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

    F_0 35 — Marquês de Abrantes

    Autor: José Adrião Atelier: José Adrião Arquitetos

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    Crédito de Imagem: Frederico Martinho

    F_0 61 — Casa em Olhão

    Autores: Bruno Oliveira, Marlene dos Santos Atelier: estudio ODS

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    Crédito de Imagem: Arquivo Histórico do Porto, Francisco Ascenção, José Campos

    F_0 95 — Abrigo dos Pequeninos - Reservas dos Museus Municipais do Porto

    Autores: Luis Sobral, Carlos Azevedo, João Crisóstomo, Ângela Meireles Atelier: depa Architects

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    Mercado do Bairro Padre Cruz

    Padre Cruz Neighborhood Market

    REDO architects

    Vencedor

    Winner

    A história do Mercado do Bairro Padre Cruz está estritamente relacionada com a evolução do próprio bairro, onde no início do século XX se localizava a Quinta da Pentieira. Os primeiros levantamentos históricos indicam que a estrutura original, em 1907, albergava uma vacaria e outras dependências que serviriam de apoio às atividades agrícolas.

    Apenas em 1962, com a criação do bairro, foi feita a conversão do edifício para mercado, anexando ao mesmo uma zona de lojas e praça complementada com áreas de serviço, que foram, durante a última década, descaracterizadas.

    O projeto de requalificação propõe a conservação das paredes principais do edificado e uma demolição parcial do interior mais recente, restaurando desse modo a zona de praça, criando zonas de bancas e espaços flexíveis, permitindo simultaneamente ampliar o pé-direito, proporcionando mais entradas de luz natural e uma melhor ventilação. As lojas a nascente são também preservadas, e são criadas novas aberturas para a praça e para a Rua do Rio Cávado, estabelecendo uma interação direta entre todas as partes.

    Explorando a nova organização espacial, o programa prolonga-se com a criação do primeiro piso, conectado através de duas escadarias localizadas nas extremidades do mercado, criando um percurso contínuo de acesso à nova galeria comercial. As novas lojas estão diretamente conectadas com o terraço, onde irão coexistir canteiros dedicados a hortas urbanas e diversas esplanadas.

    A consolidação do existente é complementada com uma nova cobertura, que surge como elemento agregador de todo o projeto e que define a identidade da proposta. A geometria da cobertura existente é redimensionada, criando a sul um átrio coberto — um novo espaço polivalente aberto ao público, que poderá funcionar como zona de feira ou para eventos culturais, expandindo o programa do mercado para o bairro.
     

    Lógica construtiva e da natureza dos materiais

    O conceito do projeto gera uma dualidade de materialidades: a de preservação e potencialização do edificado existente, com materiais minerais e tradicionais. A adição de uma nova estrutura híbrida e ligeira, que engloba as novas lojas e a cobertura, com diversos elementos em madeira.

    As paredes existentes em pedra e alvenaria são reforçadas estruturalmente com betão projetado, revestido com reboco à tirolês e azulejo. Os pavimentos e diferentes embasamentos são revestidos com pedra lioz regional.
    A nova cobertura é constituída por uma estrutura mista, com os pórticos principais metálicos, contraventados com madres de madeira. Esta combinação permitiu uma economia financeira, mas também ambiental, com a introdução de materiais sustentáveis. A madeira é também utilizada na fachada, através de um ripado de madeira termotratada, oferecendo sombreamento e proteção solar a todo o edifício, criando uma cobertura e fachada ventilada.

    A fachada e as novas lojas do primeiro piso são ainda revestidas por painéis de policarbonato, que fazem a proteção à intempérie e oferecem uma generosa entrada de luz natural.

    The history of the Padre Cruz Neighborhood Market is closely tied to the development of the neighborhood itself, where, in the early 20th century, the Quinta da Pentieira estate was located. Historical records indicate that the original structure, in 1907, housed a cowshed and other facilities that supported agricultural activities.

    It was only in 1962, with the creation of the neighborhood, that the building was converted into a market, incorporating a shopping area and a plaza complemented by service areas, which, over the last decade, became significantly altered and degraded.

    The rehabilitation project proposes the preservation of the building’s main walls and a partial demolition of the more recent interior elements. This restores the central plaza area, creating new market stalls and flexible spaces, while simultaneously increasing the ceiling height to allow more natural light and improved ventilation. The eastern row of shops is also preserved, and new openings are created to connect the plaza with Rua do Rio Cávado, establishing a direct interaction between all parts of the building.

    Expanding upon this new spatial organization, the program continues with the addition of a first floor, accessed by two staircases located at each end of the market, forming a continuous path to the new commercial gallery. The new shops are directly connected to a rooftop terrace, which will host urban garden plots and various outdoor seating areas.

    The consolidation of the existing structure is complemented by a new roof, which acts as a unifying element and defines the identity of the project. The geometry of the original roof has been resized to create a covered atrium on the south side — a new multipurpose space open to the public that may serve as a market extension or a venue for cultural events, thereby expanding the market’s role within the neighborhood.
     

    Construction Logic and Material Character

    The project concept generates a duality of materialities: on one hand, the preservation and enhancement of the existing structure using mineral and traditional materials. On the other, the addition of a new hybrid and lightweight structure that encompasses the new shops and roof, featuring various wooden elements.

    The existing stone and masonry walls are structurally reinforced with shotcrete, coated with roughcast plaster and ceramic tiles. Floors and different base areas are finished with regional lioz limestone.

    The new roof is composed of a mixed structure, with main steel frames braced by wooden purlins. This combination allowed for both financial and environmental efficiency through the use of sustainable materials. Wood is also employed on the façade, with thermally treated wooden slats providing shading and solar protection for the entire building, creating a ventilated roof and façade system.

    The façade and the new first-floor shops are also clad in polycarbonate panels, which offer weather protection and allow generous natural light to flood the interior.

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    Crédito de Imagem: Eduardo Montenegro

    Finalistas:

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    Crédito de Imagem: Francisco Ascensão

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    Autores: fala (Filipe Magalhães, Ana Luisa Soares, Ahmed Belkhoja, Iera Samovich) Atelier: fala

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    Crédito de Imagem: Alexander Bogorodskiy, Joaquin-Mora

    F_0 69 — Casa em Esmoriz

    Autor: Samuel Gonçalves, Arq.º Atelier: SUMMARY

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    Crédito de Imagem: Marta Ferreira, LFA Fotografia

    F_0 82 — Museu Aristides de Sousa Mendes

    Autores: Pedro Azevedo, Susana Rosmaninho Atelier: Rosmaninho+Azevedo - Arquitectos

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    Crédito de Imagem: Lourenço Teixeira de Abreu, Pedro Galvão Lucas, Miguel Moreira

    F_0 87 — Casa do Cura

    Autores: Francisco Cardoso, Frederico Albuquerque, Pedro Durão, Sebastião RIbeiro Atelier: Atelier AAVV

  • C1 - Habitação Unifamiliar; C2 - Habitação Coletiva; C3 - Equipamento Coletivo

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    João Santa Rita

    João Manuel Santa Rita, Doutor em Arquitetura (2021) e Mestre em Construção (1999) pelo Instituto Superior Técnico em Lisboa. Licenciado em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa (Novembro de 1989) e completou o liceu no curso de Equipamentos e Interiores da Escola Secundária António Arroio em Lisboa (1984).

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    Carolina Backlar

    Arquiteta nascida em Ponta Delgada, Açores, fundou o Atelier Backlar, em 2012 onde correntemente desenvolve vários projetos na área da habitação, serviços, turismo e ativação do espaço público, no Arquipélago e em Portugal Continental. Em 2011, foi chefe de projeto, em Londres, na Universal Design Studio, com Barber&Osgerby, vencedores, em 2013, do prémio Maison & Objet - Designers of the Year. Em 2009, venceu o programa Inov-Art, organizado pelo Ministério da Cultura, onde aprofundou os seus conhecimentos sobre estruturas pré-fabricadas, em Los Angeles. Entre 2005 e 2009 trabalhou entre Paris e Nova Iorque, no Atelier Jean Nouvel, vencedor do prémio Pritz-ker Price. Estudou em Paris, na École d’Architecture de Paris la Villette e licenciou-se na FAUTL, em 2006.

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    Inês Cordovil

    Licenciou-se na Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa em 1998. Colaborou no atelier Sousa Oliveira Arquitetura e Urbanismo Lda., no período compreendido entre 1998 e 2007, como arquiteta e coordenadora de projeto, onde destaca a coordenação dos projetos da Biblioteca Central e Arquivo Municipal de Lisboa e do Edifício de habitação Lisbon Stone Block. Entre 2007 e 2015 foi coordenadora de projeto no atelier Aires Mateus e Associados, onde destaca a coordenação do obra da ETAR de Alcântara, o projeto do Hotel Aquapura no Barrocal, e a reabilitação do Edifício na Rua Cecílio de Sousa (atual escritório da Aires Mateus). Fundou em 2007 a SIA arquitetura, com Sofia Pinto Basto e Ana Cravinho.

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    Julião Pinto Leite

    Licenciou-se em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, em 2007. Partner da OODA, onde tem vindo a desenvolver vários projetos como o Hoso, no Porto; a Torre 15 & 1 em Leça da Palmeira; e a Casa CM, em Oeiras. Julião foi distinguido com o Prémio Europeu 40 Under 40 2022-2023, organizado pelo Chicago Athenaeum Museum em colaboração com o European Center for Architecture, Art, Design and Urban Studies.Para além da arquitetura, Julião dedica-se à ilustração, uma vocação e motivação mais do que um hobby.

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    Alexandre Marques Pereira

    Em 1981 entra para o curso de Arquitetura da Escola Superior de Belas Artes do Porto, tendo acabado em 1986 na Faculdade de Arquitetura de Lisboa, donde é natural e residente. Desde 1993 é docente de Projeto de 5ºano, na Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada de Lisboa. Foi Visiting Professor em 2006 na Universidade de Auburn, Alabama U.S.A. Em 2012 obtém o Doutoramento em arquitetura pela Universidade Lusíada, sobre as relações entre a cultura arquitetónica dentro do movimento moderno, entre o Norte e o Sul da Europa. Após ter trabalhado com Manuel Tainha desde 1986, em 1996 cria atelier próprio, no qual vem produzindo, diversos projectos e obras, tais como: Biblioteca Municipal de Sintra, 1996-2003, Prédio Saraiva de Carvalho, Lisboa 2001-2007, Reabilitação do Palacete do Relógio, Cais do Sodré, Lisboa 2002, Fundação Leal Rios, Lisboa 2001-2010, Escola Conde de Monsaraz, Reguengos de Monsaraz 2010-2013, Escola Arco Iris, Olivais, Lisboa 2015, Ampliação da Biblioteca Municipal de Viseu 2015, etc.

    C4 - Espaço Público; C5 - Reabilitação Arquitetónica; C6 - Jovens Emergentes

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    Teresa Nunes da Ponte

    Licenciou-se em arquitetura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa em 1978. Dedica-se a projetos de reabilitação de edifícios, obra nova, espaço público, exposições, desenho de mobiliário, e estudos de património. De destacar a colaboração com a Fundação da Casa de Mateus entre 1986 e 2022 para o restauro e reabilitação da Casa e anexos agrícolas, incluindo o Museu e a Residência de Artistas no antigo Lagar de Azeite; e com a Fundação Calouste Gulbenkian a partir de 1999, para a manutenção, restauro e renovação dos seus edifícios, nomeadamente a Zona de Congressos e Auditórios da Sede, em Lisboa, incluindo o Grande Auditório – prémio DOCOMOMO 2021 na categoria Sustainable Uses, e o Centro Calouste Gulbenkian em Paris; Referem-se ainda alguns projetos como o restauro e reabilitação do Convento de São Francisco em Vila Franca do Campo e da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal no Baluarte do Cais; e em Lisboa: do Espaço Público do Bairro da Bica, da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa na antiga Escola Machado de Castro e do Hotel Verride no Palacete de Santa Catarina –Prémio de Reabilitação Urbana e Menção Honrosa do Prémio Valmor em 2018. Co-autora do Guia Urbanístico e Arquitetónico de Lisboa e de outras publicações sobre a Cidade, sobre a Fundação Calouste Gulbenkian e seus edifícios, e no âmbito da curadoria ou montagem de exposições.

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    Paula del Rio

    Nasceu em Soria, Espanha em 1985. É arquiteta pela ETSA Madrid (2010), onde cursou também o Máster em Projetos Arqutitetónicos Avançados (2011) e exerceu como assistente convidada na disciplina de Proyectos 6 e 7 (2010-2014). Atualmente é assistente convidada no Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra (2018-). Em 2014 fundou junto com o arquiteto João Branco o escritório Branco del Rio arquitetos em Coimbra, que tem desenvolvido um percurso prático reconhecido por numerosos prémios nacionais e internacionais.

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    João Rapagão

    Termina o programa de doutoramento Arquitetura Moderna y Restauración na Escola Técnica Superior de Arquitetura da Universidade de Valladolid em 1992. Desenvolve atualmente a dissertação para Doutoramento em Arquitetura. Licenciado em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa em 1988, é Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada, desde 1997, e do Departamento Autónomo de Arquitetura da Universidade do Minho, de 2002 a 2008, e presentemente em 2022|2023. É bolseiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e da Fundação Calouste Gulbenkian. Preside ao Conselho Diretivo Regional do Norte da Associação dos Arquitetos Portugueses e da Ordem dos Arquitetos no triénio 1996|1998. Integra o Conselho de Administração da Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto entre 2000 e 2002. Integra júris em concursos públicos e prémios de arquitetura internacionais, nacionais e regionais. Intervém como orador em diversos congressos e encontros, especialmente nos temas do Património e do Exercício da Profissão. Selecionado para diversas exposições em Milano, Lisboa, Frankfurt, Dessau, Salamanca, Aveiro, Coimbra e Porto. Exerce arquitetura desde 1988, especialmente em estudos e projetos de monumentos nacionais e equipamentos coletivos. É autor de ensaios monográficos em Ricardo Vieira de Melo - Habitar, da editora Caleidoscópio em 2004, e em Living in Porto - Floret Arquitectura, da editora Uzina Books em 2020. É autor e editor científico do Mapa de Arquitetura Arménio Losa e Cassiano Barbosa, editado pela Ordem dos Arquitetos em 2008

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    Patrícia Chorão

    Licenciou-se em Arquitetura em 1996 pela Faculdade de Arquitetura de Lisboa, na Universidade Técnica. Iniciou a sua atividade como arquiteta em projetos colaborativos com diversos ateliers (Rául Chorão Ramalho, Manuel Tainha, Gonçalo Byrne, João Luis Carrilho da Graça, PROAP, entre outros) e posteriormente em atelier próprio. Foi vencedora do Prémio Thyssen Arquitectura’98 com o projeto de Reabilitação e Revitalização da Estação do Norte de Valência e área envolvente, com um estudo urbano e arquitetónico do terreno em questão. Ao longo do seu percurso profissional, tem desenvolvido projetos essencialmente na área da reabilitação, mas também no desenho de construção nova. Para além da atividade como arquiteta, complementou a sua formação com o Curso Profissional de Fotografia (IPF 2012-13) e estudos em Antropologia (Universidade Nova de Lisboa, 2013). Colaborou ainda com a Associação Arquitetos Sem Fronteiras em ações de reconstrução e preservação do património da cultura Avieira. Em 2013 fundou o FAS – Fundo de Arquitetura Social com a Arq. Raquel Morais, associação sem fins lucrativos que tem como principal objetivo a regeneração urbana, através do trabalho colaborativo com a comunidade onde intervém. Em Janeiro de 2017 fundou o atelier Célula com a Arq. Filipa Teles Correia como plataforma de desenvolvimento de projetos de Arquitetura que assentem numa identidade própria com uma força intrínseca, singular em cada caso, procurando uma relação de respeito com a envolvente e com a tradicional arquitetura portuguesa.

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    Miguel Marcelino

    Miguel Marcelino (Portugal, 1981), arquiteto (DA/UAL, 2005), vive e trabalha em Lisboa. Estudou música no Instituto Gregoriano de Lisboa entre 1993 e 1998. Colaborou com Herzog & de Meuron (Suíça, 2003/04) e Bonell & Gil (Espanha, 2005/07), antes de estabelecer atelier próprio em 2008, vencendo nesse ano o seu primeiro concurso público. É docente convidado no Departamento de Arquitetura da Universidade Autónoma de Lisboa. A sua obra construída abrange as mais variadas escalas e programas, desde pequenas habitações privadas até grandes edifícios públicos. O seu trabalho tem sido exposto e publicado nos mais diversos meios, tanto nacionais como internacionais. Em 2014 foi convidado a integrar a representação oficial Portuguesa na Bienal de Veneza de Arquitetura

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    Frederico Soares

    Estudou Engenharia do Ambiente, no Instituto Superior Técnico // Universidade de Lisboa, tendo frequentado em simultâneo os cursos de pintura e desenho do ARCO. É licenciado em Arquitetura Paisagista pelo Instituto Superior de Agronomia // Universidade de Lisboa. Em 2011 fundou o atelier GETOUT, arquitetura paisagista.

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